Certa vez houve uma festa com todas as divindades presentes. Obaluaê chegou vestido com seu capucho de palha.
Ninguém o podia reconhecer sob o disfarce e nenhuma mulher quis dançar com ele.
Só Oyá, corajosa, atirou-se na dança com o Senhor da Terra.
Tanto girava Oyá na sua dança que provocava o vento.
E o vento de Oyá levantou as palhas e descobriu o corpo de Obaluaê. Para surpresa geral era um belo homem.
O povo o aclamou por sua beleza.
Obaluaê ficou mais que contente com a festa, ficou grato.
E, em recompensa, dividiu com ela o seu reino.
Fez de Oyá a rainha dos espíritos dos mortos.
Rainha que é Oyá Igbalé, a condutora dos eguns.
Oyá então dançou e dançou com alegria.
Para mostrar a todos seu poder sobre os mortos, quando ela dança agora, agita no ar o iruquerê, o espanta mosca com que afasta os eguns para o outro mundo.
Rainha Oyá Igbalé, a condutora dos espíritos, Rainha que sempre foi a grande paixão de Obaluaê.
Uma das lendas que explica a ligação e o poder de Oyá sobre os eguns, além daquela em que ela, Oyá, dá luz ao seu nono filho que é Egungun, o antepassado criador de cada família.
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