Ìbejì é o Orixá dos gêmeos. Da-se o nome de Taiwo ao primeiro gêmeo gerado e o de Kehinde ao último. Os Yorubá acreditam que era Kehinde quem mandava Taiwo supervisionar o mundo, donde a hipótese de ser aquele o irmão mais velho. Cada gêmeo é representado por uma imagem.
Os Yorubá colocam alimentos sobre suas imagens para invocar a benevolência de Ibeji. Os pais de gêmeos costumam fazer sacrifícios a cada oito dias em honra ao Orixá.
Oxum os abraçou e os criou como se fossem seus filhos. O animal tradicionalmente associado à Ibeji é o macaco colobo, um cercopiteco endêmico nas florestas da África Equatorial. A espécie em questão é o colobus polykomos, ou "colobo real", que é acompanhado de uma grande mística entre os povos africanos. Eles possuem coloração preta, com detalhes brancos, e pelas manhãs eles ficam acordados em silêncio no alto das árvores, como se estivessem em oração ou contemplação, daí eles serem considerados por vários povos como mensageiros dos deuses, ou tendo a habilidade de escutar os deuses. A mãe colobo quando vai parir, afasta-se do bando e volta apenas no dia seguinte das profundezas da floresta trazendo seu filhote (que nasce totalmente branco) nas costas. O colobo é chamado em Yorubá de edun oròòkun, e seus filhotes são considerados a reencarnação dos gêmeos que morrem, cujos espíritos são encontrados vagando na floresta e resgatado pelas mães colobos pelo seu comportamento peculiar.
Ao contrário dos erês, entidades infantis ligadas a todos os Orixás e seres humanos, são divindades infantis, Orixás-crianças. Por serem gêmeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e brota: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas... São divindades gêmeas infantis, é um Orixá duplo e tem seu próprio culto, obrigações e iniciação dentro do ritual. Divide-se em masculino e feminino, (gêmeos).
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