Se você é Iawo ou iniciado de qualquer outro grau dentro da hierarquia existente no Candomblé, lembre-se que o conhecimento dos mais graduados nem sempre constitui sabedoria. Portanto, estes não podem utilizar o que sabem para diminui-lo como pessoa.
O simples conhecer pode ser uma arma contra aqueles que que têm pleno domínio do conhecimento. sempre que possível faça lembrar os mais velhos do culto que Iawo também é responsável pela continuidade da tradição religiosa.
E isso só pode ser realidade quando o iniciado não somente sabe como se faz um ritual, mais também qual a sua finalidade e a que se referem seus atos; Não se conforme jamais com respostas, tais como "Segredo reservado aos mais velhos".
Se um Babalorisá age desta forma, ou ele não sabe o que esta fazendo, ou então pensa que cabeça é "lixo". Por acaso, pensa ele que a força dos orisás vai eterniza-lo sobre a terra??? é que por isso não tem necessidade de transmitir o conhecimento para aqueles que o acompanham??? De qualquer forma, este é um tipo de pessoa que não serve para ser seu "Alaasé". Iawo, se cuide!!! Se goste!!! Se respeite!!! "QUEM SABE, MORRE IGUAL AQUELE QUE NÃO SABE", e pelo avesso todos somos iguais.
Respeito não inclui necessariamente humilhação. Reconheça sempre o seu lugar e posicione-se da melhor maneira possível. Seja digno do orisá ao qual pertence. deixe seu Ori brilhar de tal forma que a luz refletida seja como um espelho, onde muitos possam se mirar na fidelidade de sua personalidade. O Candomblé, hoje, é sem duvida uma religião com muita frequência e pouca permanência, e isso se devem a existência de "sacerdotes" inescrupulosos. , do tipo que RASPA, PINTA, CATULA, ADOXA, E ASSENTA SEM SABER O QUÊ.
Não me casarei de dizer que a cabeça dos outros não é laboratório onde se faz pesquisa para saber sé deu certo ou não. Caso de errado procurar um jeito de acrescentar alguma coisa para ver se acerta. INICIAR ALGUÊM NO ORISÁ, é despertar o adormecido no mais profundo do inconsciente humano, o que, com certeza, o Iawo, ou até pessoas com títulos de Egbomi, Ogan Etc., saem de suas casa de origem em busca de um outro pai de santo que o adote. Este por sua vez, sedento por um "asezinho" (Dinheiro), e motivado pelo orgulho de ter sob seu asé um filho de outro Babalorisá, tenta corrigir ERROS. Tanto uns como outros, indulgentes, apressados e súbitos " a mente humana!!! Isto é apenas um exemplo do que eu vejo e acontece em decorrência do sacerdócio apressado.
Por isso antes de fazer santo escolhe, e muito bem seu Alaasé. Muitos dizem que o Orisá é quem escolhe o Babalorisá. Puro engano, porque o livre arbítrio é, nada mais, nada menos, que o poder absoluto de decisão.
E o futuro do homem depende dele decidir o que ele quer hoje, agora. Cuide de seu presente e preserve o seu futuro, em bom estado de equilíbrio. É preferível não ter santo FEITO, do que fazer santo MAL FEITO. E isso pode ser observado, analizado sem muita dificuldade, na Própria estrutura sócio-econômica e cultural de boa parte dos adeptos do culto que se julgam com um grande poder, porem desprovido da base estrutural do conhecimento ritual, através da qual é possível atingir a essência, a espiritualidade, ligar o homem aos orisás e estes a fonte da vida, tornando-o um veiculo de comunicação social, facilitando muito os seus passos sobre a terra.
Havendo comunicação entre os homens, haverá comunicação entre os orisá, e conseqüentemente com OLODUMARE, que é a fonte de todas as fonte de vida, o consciente e o inconsciente do ser. Aquele que lhe conhecem a origem, hierarquia, gosto e costumes, invocações e ritos, conseguem com facilidade atingir a essência do orisá. Isto é resultado da concepção limpa. Do saber fazer, sabendo porquê, o que também é resultante da firmeza do Ori Inu " que já despertou a consciência do EU.
Na minha opnião é assim que se cultuam os orisás acreditando na cabeça e na direção dada à ritualidade. O conceito que os Ioruba têm a respeito dos orisá é que todos nos viemos ao mundo para aproveitar devidamente o nosso tempo. E as pessoas que estão envolvidas no culto, no decurso deste tempo, devem aproveita-lo no aprimoramento das coisas relativas ao estudo e compreensão da ritualidade, de modo a aprender TUDO sobre os orisá, alcançando o respeito, em decorrência do bom senso e de força no desenvolvimento dos rituais em que atua.
É sabido por todos que a melhor maneira de aprender a executar os atos litúrgicos é, sem duvida, em sua casa de santo de origem, onde casa iniciado pode participar, questionar seu Alaasé e obter respostas amplas em relação ao que ocorre em dado momento. Assim, vai-se aprendendo, enquanto esclarecem "se as dúvidas.
Este é um ambiente adeguado a um apredizado seguro, onde a pratica da magia pode provar sua eficácia, em termos de resultados finais. O iniciado pode certificar-se, dia após dia, da potencialidade do culto.
Pai Paulo D"Èsù - Ifa Irete Kobale
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