Sem folha não tem sonho
Sem folha não tem festa
Sem folha não tem vida
Sem folha não tem nada
Quem é você e o que faz por aqui
Eu guardo a luz das estrelas
A alma de cada folha
Sou Aroni
Cosi euê
Cosi orixá
Euê ô
Euê ô orixá
Sem folha não tem sonho
Sem folha não tem festa
Sem folha não tem vida
Sem folha não tem nada
Eu guardo a luz das estrelas
A alma de cada folha
Sou aroni.
Na Mitologia Bantu, Katendê é o Senhor das florestas e das Nsaba, as folhas sagradas. senhor das alquimias divina. senhor do retiro e vida das florestas, às vezes também entendido como sendo uma senhora, mas em geral mantém a idéia Masculina. O caminho é o mesmo do Ossain do Yorubá. É fundamental sua importância, porque detém o reino e poder das plantas e folhas, imprescindíveis nos rituais e obrigações de cabeça e assentamento de todos os Nkisis através dos banhos feitos de ervas. Como as folhas estão relacionadas com a cura, Katendê também está vinculado à medicina, por guardar escondida na sua floresta a magia da cura para todas as doenças dos homens, contida nas virtudes de todas as folhas. A cura é invocada no caso de doença, com o auxílio de Obaluaê. Divindade Masculina, do ar livre, que governa toda a floresta, juntamente com Mutakalambô, Na verdade, Katendê e Mutalambô possuem inúmeras afinidades: ambos são Minkisi do mesmo espaço, da floresta, do mato, das folhas, grandes feiticeiros e conhecedores dos segredos da mata e da Terra. Dono do mistério das folhas e seu emprego medicinal ou sua utilização mágica. Dono do asé (força , poder , fundamento , vitalidade e segurança ). É bastante cultuado no Brasil, sendo conhecido por diversos nomes, Ossaim, Ossonhe, Ossãe e Ossanha, a forma mais popular. Por causa do som final da palavra, é freqüentemente confundido com uma figura feminina, mais nada é um Nkisi masculino. Katendê teria um auxiliar que se responsabilizaria por causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a devida permissão. Aroni seria um misterioso anãozinho perneta que fuma cachimbo (figura bastante próxima ao Saci-Pererê), possui um olho pequeno e o outro grande (vê com o menor) e tem uma orelha pequena e a outra grande (ouve com a menor). Muitas vezes Aroni é confundido com o próprio Katendê, que, segundo dizem, também possui uma única perna. Não se pode por isso confundir Katendê com o Saci-Pererê, que é um personagem do folclore brasileiro. Katendê é um Nkisi de grande fundamento, que possui uma só perna porque a árvore, base de todas as folha possui um só tronco. As áreas consagradas a Katendê nos grandes Candomblés, não são jardins cultivados de maneira tradicional, mas sim os pequenos recantos, onde só os sacerdotes Tata Nsaba (Consagrado a todas as funções ligada as folhas), podem entrar, nos quais as plantas crescem da maneira mais selvagem possível. Graças a esse domínio, Katendê é figura de extrema significação, pois praticamente todos os rituais importantes ultilizam, de uma maneira ou de outra, o sangue escuro que vem dos vegetais, seja em forma de folhas ou infusões para uso externo ou de bebida ritualística. Quando os Tatas e Mamas D´ Nzó D´Minkisi (Pais e Mães da Casa de Orixás), penetram no reino de Katendê para fazerem as colheitas das ervas sagradas para os banhos e defumações, devem antes pedir a Katendê permissão para tal tarefa, pois se não o fizerem, com certeza todas as folhas que retirarem de seu reino, não terão os asés e magias que teriam se pedissem a sua permissão, e até dependendo do caso como alguns entram em seu reino zombando e sem firmeza de cabeça, suas ervas poderão agir ao contrario, causando muitos distúrbios naqueles que zombarem de seu reino e faltarem com o devido respeito ao seu domínio. Junto á planta cortada, deixa-se sempre a oferenda de algumas moedinhas e um pedaço de fumo-de-corda com mel, assim assegurando que a vibração básica da folha permaneça, mesmo depois de ela ter sido afastada da planta e, portanto do solo que a vitalizava. As folhas e ervas de Katendê, depois de colhidas são esfregadas, espremidas e trituradas com as mãos, e não com pilão ou outro instrumento, esse era seu jeito de trazer energias puras as folhas. Cumprir seu ritual, pois Katendê deixa seu asé em tudo que se usa de suas fontes de energias, que são as folhas sagradas.
Qualidades de Katendê (Ossain).
Katendê Agué - Usa roupas e contas verde rajado de branco. Come com Hongolo e Matamba.
Katendê Mokossu - Um tipo velho, vive escondido no mato, fuma muito e bebe com abundância. Tem caminhos com Pambu Njila (Exu).
Katendê Gayaku - É novo, muito vivo, só vive em cima das árvores, nunca aparece nos lugares habitados. Come com Mutakalambô e aparece na roda do pade.
Katendê Agbenigi - É velho, grande feiticeiro, dono do pássaro sagrado e o único que chega bem perto das Iya Mi Oxorongá. Dono absoluto do poder das ervas. Come diretamente com Pambu Njila.
Katendê Arony - Recebe uma saudação própria, diferente dos outros. Apesar de ser companheiro de Agbenigi, é o mais terrível, fumando seu cachimbo faz mais bruxarias que os outros. Só come bicho de duas pernas.
Dia da Semana: Quinta-feira.
Cores fio de Contas: Verde e branco.
Símbolos: Haste ladeada por sete lanças com um pássaro no topo.
Elementos: Floresta e plantas selvagens (Terra).
Domínios: Medicina e liturgia através das folhas.
Cores fio de Contas: Verde e branco.
Símbolos: Haste ladeada por sete lanças com um pássaro no topo.
Elementos: Floresta e plantas selvagens (Terra).
Domínios: Medicina e liturgia através das folhas.