domingo, 29 de novembro de 2009
Oh! Pedaço de mim...
Um dia sou multidão, no outro sou solidão.
Não quero ser multidão todo dia.
Num dia experimento o frescor da amizade,
no outro a febre que me faz querer ser só.
Eu sou assim. Sem culpas.
Pe. Fábio de Melo
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Sou metal, raio, relâmpago e trovão !!!
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domingo, novembro 29, 2009
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Beleza
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
POR QUE EXU É O PRIMEIRO?
Para que os seres humanos possam viver bem neste mundo, é preciso estar bem com os deuses.
Por isso os homens propiciam os orixás, oferecendo-lhes um pouco de tudo o que produzem e que é essencial à vida. As oferendas dos homens aos orixás devem ser transportadas até o mundo dos deuses, o Orum. O orixá Exu tem esse encargo de transportador. Também é preciso saber se os orixás estão satisfeitos com a atenção a eles dispensada pelos seus descendentes, os seres humanos. Exu propicia essa comunicação, traz suas mensagens, é o mensageiro. É fundamental para a sobrevivência dos mortais receber as determinações e os conselhos que os orixás enviam do Aiê.
Exu é o portador das orientações e ordens, é o porta-voz dos deuses e entre os deuses. Exu faz a ponte entre este mundo e o mundo dos orixás, especialmente nas consultas oraculares. Como os orixás interferem em tudo o que ocorre neste mundo, incluindo o cotidiano dos viventes e os fenômenos da própria natureza, nada acontece sem o trabalho de intermediário do mensageiro e transportador Exu. Nada se faz sem ele, nenhuma mudança, nem mesmo uma repetição. Sua presença está consignada até mesmo no primeiro ato da Criação: sem Exu, nada é possível. O poder de Exu, portanto, é incomensurável.
O sacrifício é o meio através do qual os humanos se dirigem aos orixás, e o sacrifício significa a reafirmação dos laços de lealdade, solidariedade e retribuição entre os habitantes do Aiê e os habitantes do Orum. Sempre que um orixá é interpelado, Exu também o é, pois a interpelação de todos se faz através dele. É preciso que ele receba a oferenda, sem a qual a comunicação não se realiza. A relação homem-orixá tem como fundamento à materialidade do sacrifício, a concretude da oferenda. Isso é uma definição religiosa, um ponto de partida essencial na concepção africana do sagrado. A própria possibilidade de o homem professar a sua religião de orixás — seja na África, no Brasil, ou noutro lugar — depende, pois, do trabalho de Exu.
Como mensageiro dos deuses, Exu tudo sabe; não há segredos para ele, tudo ele ouve e tudo ele transmite. E pode quase tudo, pois conhece todas as receitas, todas as fórmulas, todas as magias. Exu trabalha para todos, não faz distinção entre aqueles a quem deve prestar serviço por imposição de seu cargo, o que inclui todas as divindades, mais os antepassados e os humanos. Exu não pode ter preferência por esse ou aquele. Mas talvez o que o distingue de todos os outros deuses é seu caráter de transformador: Exu é aquele que tem o poder de quebrar a tradição, pôr as regras em questão, romper a norma e promover a mudança. Não é, pois, de se estranhar que seja temido e considerado perigoso, posto que se trata daquele que é o próprio princípio do movimento, que tudo transforma, que não respeita limites. Assim, tudo o que contraria as normas sociais que regulam o cotidiano passa a ser atributo seu. Exu carrega qualificações morais e intelectuais próprias do responsável pela manutenção e funcionamento do status quo, inclusive representando o princípio da continuidade garantida pela sexualidade e reprodução humana, mas ao mesmo tempo ele é o inovador que fere as tradições, um ente, portanto nada confiável, que se imagina, por conseguinte, ser dotado de caráter instável, duvidoso, interesseiro, turbulento e arrivista.
Para um iorubá ou outro africano tradicional, nada é mais importante do que ter uma prole numerosa, e para garanti-la é preciso ter muitas esposas e uma vida sexual regular e profícua. É preciso gerar muitos filhos, de modo que, nessas culturas antigas, o sexo tem um sentido social que envolve a própria idéia de garantia da sobrevivência coletiva e perpetuação das linhagens, clãs e cidades. Exu é o patrono da cópula, que gera filhos e garante a continuidade do povo e a eternidade do homem. Nenhum homem ou mulher pode se sentir realizado e feliz sem uma numerosa prole, e a atividade sexual é decisiva para isso. É da relação íntima com a reprodução e a sexualidade, tão explicitadas pelos símbolos fálicos que o representam, que decorre a construção mítica do gênio libidinoso, lascivo, carnal e desregrado de Exu-Elegbara.
Isso tudo contribuiu enormemente para modelar sua imagem estereotipada de orixá difícil e perigoso, que os cristãos, erroneamente, reconheceram como demoníaca. Quando a religião dos orixás veio a ser praticada no Brasil do século xix por negros que eram também católicos, todo o sistema cristão de pensar o mundo em termos do bem e do mal deu um novo formato à religião africana, no qual Exu veio a desempenhar outro papel. A visão “cristã” dos orixás confundiu Oxalá com Jesus, Iemanjá com Nossa Senhora, e outros santos católico com os demais orixás. Para completar o panteão afro-católico, sobrou para Exu ser confundido com o Diabo. Foi, portanto, o sincretismo católico que deu a Exu a identidade de um demônio. Mas essa identidade destorcida sempre foi católica, cristã, sincrética. Não tem nada de africana.
Pensam os que se acostumaram a ver os orixás numa perspectiva cristã (imposta pelo catolicismo e hoje reforçada pelo evangelismo) que Exu deve ser homenageado em primeiro lugar para não provocar confusão, para não bagunçar a cerimônia, como se ele fosse um simples e oportunista arruaceiro. É uma visão bem simplista e demasiadamente falsa. Ora, Exu é antes de tudo movimento e nada pode acontecer sem ele, nem mesmo em pensamento, sem movimento. Nada pode, portanto, se dar sem a interferência de Exu. Por isso ele é sempre o primeiro a ser homenageado: é preciso permitir o movimento para que o evento, seja ele qual for, se realize, seja para o bem ou para o mal. Esse movimento não é dotado de moralidade, nem poderia ser, pois se assim fosse o mundo ficaria paralisado. A vida é um pulsar permanente, e em cada passo, em cada avanço ou retrocesso, em cada mudança, enfim, Exu está presente. Tudo começa por ele; por isso ele será sempre o primeiro.
Texto extraído e modificado do livro Segredos Guardados, de Reginaldo Prandi, Companhia das Letras, 2005.
Por isso os homens propiciam os orixás, oferecendo-lhes um pouco de tudo o que produzem e que é essencial à vida. As oferendas dos homens aos orixás devem ser transportadas até o mundo dos deuses, o Orum. O orixá Exu tem esse encargo de transportador. Também é preciso saber se os orixás estão satisfeitos com a atenção a eles dispensada pelos seus descendentes, os seres humanos. Exu propicia essa comunicação, traz suas mensagens, é o mensageiro. É fundamental para a sobrevivência dos mortais receber as determinações e os conselhos que os orixás enviam do Aiê.
Exu é o portador das orientações e ordens, é o porta-voz dos deuses e entre os deuses. Exu faz a ponte entre este mundo e o mundo dos orixás, especialmente nas consultas oraculares. Como os orixás interferem em tudo o que ocorre neste mundo, incluindo o cotidiano dos viventes e os fenômenos da própria natureza, nada acontece sem o trabalho de intermediário do mensageiro e transportador Exu. Nada se faz sem ele, nenhuma mudança, nem mesmo uma repetição. Sua presença está consignada até mesmo no primeiro ato da Criação: sem Exu, nada é possível. O poder de Exu, portanto, é incomensurável.
O sacrifício é o meio através do qual os humanos se dirigem aos orixás, e o sacrifício significa a reafirmação dos laços de lealdade, solidariedade e retribuição entre os habitantes do Aiê e os habitantes do Orum. Sempre que um orixá é interpelado, Exu também o é, pois a interpelação de todos se faz através dele. É preciso que ele receba a oferenda, sem a qual a comunicação não se realiza. A relação homem-orixá tem como fundamento à materialidade do sacrifício, a concretude da oferenda. Isso é uma definição religiosa, um ponto de partida essencial na concepção africana do sagrado. A própria possibilidade de o homem professar a sua religião de orixás — seja na África, no Brasil, ou noutro lugar — depende, pois, do trabalho de Exu.
Como mensageiro dos deuses, Exu tudo sabe; não há segredos para ele, tudo ele ouve e tudo ele transmite. E pode quase tudo, pois conhece todas as receitas, todas as fórmulas, todas as magias. Exu trabalha para todos, não faz distinção entre aqueles a quem deve prestar serviço por imposição de seu cargo, o que inclui todas as divindades, mais os antepassados e os humanos. Exu não pode ter preferência por esse ou aquele. Mas talvez o que o distingue de todos os outros deuses é seu caráter de transformador: Exu é aquele que tem o poder de quebrar a tradição, pôr as regras em questão, romper a norma e promover a mudança. Não é, pois, de se estranhar que seja temido e considerado perigoso, posto que se trata daquele que é o próprio princípio do movimento, que tudo transforma, que não respeita limites. Assim, tudo o que contraria as normas sociais que regulam o cotidiano passa a ser atributo seu. Exu carrega qualificações morais e intelectuais próprias do responsável pela manutenção e funcionamento do status quo, inclusive representando o princípio da continuidade garantida pela sexualidade e reprodução humana, mas ao mesmo tempo ele é o inovador que fere as tradições, um ente, portanto nada confiável, que se imagina, por conseguinte, ser dotado de caráter instável, duvidoso, interesseiro, turbulento e arrivista.
Para um iorubá ou outro africano tradicional, nada é mais importante do que ter uma prole numerosa, e para garanti-la é preciso ter muitas esposas e uma vida sexual regular e profícua. É preciso gerar muitos filhos, de modo que, nessas culturas antigas, o sexo tem um sentido social que envolve a própria idéia de garantia da sobrevivência coletiva e perpetuação das linhagens, clãs e cidades. Exu é o patrono da cópula, que gera filhos e garante a continuidade do povo e a eternidade do homem. Nenhum homem ou mulher pode se sentir realizado e feliz sem uma numerosa prole, e a atividade sexual é decisiva para isso. É da relação íntima com a reprodução e a sexualidade, tão explicitadas pelos símbolos fálicos que o representam, que decorre a construção mítica do gênio libidinoso, lascivo, carnal e desregrado de Exu-Elegbara.
Isso tudo contribuiu enormemente para modelar sua imagem estereotipada de orixá difícil e perigoso, que os cristãos, erroneamente, reconheceram como demoníaca. Quando a religião dos orixás veio a ser praticada no Brasil do século xix por negros que eram também católicos, todo o sistema cristão de pensar o mundo em termos do bem e do mal deu um novo formato à religião africana, no qual Exu veio a desempenhar outro papel. A visão “cristã” dos orixás confundiu Oxalá com Jesus, Iemanjá com Nossa Senhora, e outros santos católico com os demais orixás. Para completar o panteão afro-católico, sobrou para Exu ser confundido com o Diabo. Foi, portanto, o sincretismo católico que deu a Exu a identidade de um demônio. Mas essa identidade destorcida sempre foi católica, cristã, sincrética. Não tem nada de africana.
Pensam os que se acostumaram a ver os orixás numa perspectiva cristã (imposta pelo catolicismo e hoje reforçada pelo evangelismo) que Exu deve ser homenageado em primeiro lugar para não provocar confusão, para não bagunçar a cerimônia, como se ele fosse um simples e oportunista arruaceiro. É uma visão bem simplista e demasiadamente falsa. Ora, Exu é antes de tudo movimento e nada pode acontecer sem ele, nem mesmo em pensamento, sem movimento. Nada pode, portanto, se dar sem a interferência de Exu. Por isso ele é sempre o primeiro a ser homenageado: é preciso permitir o movimento para que o evento, seja ele qual for, se realize, seja para o bem ou para o mal. Esse movimento não é dotado de moralidade, nem poderia ser, pois se assim fosse o mundo ficaria paralisado. A vida é um pulsar permanente, e em cada passo, em cada avanço ou retrocesso, em cada mudança, enfim, Exu está presente. Tudo começa por ele; por isso ele será sempre o primeiro.
Texto extraído e modificado do livro Segredos Guardados, de Reginaldo Prandi, Companhia das Letras, 2005.
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Sou metal, raio, relâmpago e trovão !!!
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quinta-feira, novembro 26, 2009
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Exu
CANDOMBLÉ - A CRENÇA AFRO-BRASILEIRA HERDADA DAS NAÇÕES ANCESTRAIS
A FORMAÇÃO DE UMA CRENÇA AFRO-BRASILEIRA
INTRODUÇÃO
Em 1830, algumas mulheres negras originárias de Ketu, na Nigéria, e pertencentes a irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, reuniram-se para estabelecer uma forma de culto que preservasse as tradições africanas aqui no Brasil. Segundo documentos históricos da época, esta reunião aconteceu na antiga Ladeira do Bercô; hoje, Rua Visconde de Itaparica, próximo a Igreja da Barroquinha na cidade de São Salvador - Estado da Bahia. Desta reunião, que era formada por várias mulheres, uma mulher especial ajudada por Baba-Asiká, um ilustre africano da época, se destacou. O motivo principal desta reunião era estabelecer um culto africanista no Brasil, pois viram essas mulheres, que se alguma coisa não fosse feita aos seus irmãos negros e descendentes, nada teriam para preservar as ancestralidade e as origens do "culto de orisá", já que os negros que aqui chegavam eram batizados na Igreja Católica e obrigados a praticar, assim, a religião católica. Porém, como praticar um culto de origem tribal, em uma terra distante de sua Ìyá Ìlú Àiyé Èmí, ou a mãe pátria terra da vida, como era chamada a África, pelos antigos africanos? Primeiramente, tentaram fazer uma fusão de várias mitologias, dogmas e liturgias africanas. Este culto, no Brasil, teria que ser similar ao culto praticado na África, em que o principal quesito para se ingressar em seus mistérios seria a iniciação. Enquanto na África a iniciação é feita muitas vezes em plena floresta, no Brasil foi estabelecida uma mini - África, ou Ilê de Orisás, a casa de culto teria todos os orixás africanos juntos. Ao contrário da África, onde cada orixá está ligado a uma aldeia, ou cidade por exemplo: Sangô em Oyó, Osun em Ijesá e Ijebu e assim por diante.
A ORIGEM DA PALAVRA CANDOMBLÉ
Este culto da forma como é aqui praticado e chamado de Candomblé, não existe na África. O que existe lá é o culto à orisá, ou seja, cada nação africana cultua um orisá e só inicia elegun ou pessoa ligada aquele orisá. Portanto, a palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos, para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda festa ou reunião de negros nas senzalas no Brasil. Por esse motivo, antigos Babalorixás e Ialorixás evitavam chamar o "culto dos orisás" de Candomblé. Eles não queriam com isso serem confundidos com estas festas. Mas, com o passar do tempo a palavra Candomblé foi sendo incorporada e passou a definir um conjunto de cultos vindo de diversas regiões africanas. A palavra Candomblé possui 2 (dois) significados entre os pesquisadores: Candomblé seria uma modificação fonética de Candonbé, um tipo de atabaque usado pelos negros de Angola; ou ainda, viria de Candonbidé, que quer dizer ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa.
AS NAÇÕES DO CANDOMBLÉ NA FORMAÇÃO DO CULTO AOS ORIXÁS
Como forma complementar de culto, a palavra Candomblé passou a definir o modelo de cada tribo ou região africana, desta forma: Candomblé da Nação Ketu, Candomblé da Nação Jeje, Candomblé da Nação Angola, Candomblé da Nação Congo e Candomblé da Nação Muxicongo.
A palavra Nação entra aí não para definir uma nação política, pois Nação Jeje não existia em termos políticos. O que é chamado de Nação Jeje é o Candomblé formado pelos povos vindos da região do Daomé e formado pelos povos Mahin e os grupos que falavam a língua iorubá, entre eles os de Oyó. Abeokuta, Ijesá e Ebá vieram constituir uma forma de culto denominada de Candomblé da Nação Ketu. Ketu era uma cidade igual as demais, mas no Brasil passou a designar o culto de Candomblé da Nação Ketu ou Alaketu. Os iorubás, quando guerriaram com os povos Jejes e perderam a batalha, se tornaram escravos desses povos, sendo posteriormente vendidos ao Brasil. Quando os iorubás chegaram naquela região sofridos e maltratados, foram chamados pelos fons de anagô, que quer dizer na língua fon, piolhentos, sujos entre outras coisas. A palavra com o tempo se modificou e ficou nagô e passou a ser aceita pelos povos iorubás no Brasil, para assim definir as suas origens e uma forma de culto. Na verdade, não existe nenhuma nação política denominada nagô. No Brasil, a palavra nagô passou a denominar os Candomblés também de Xamba da região nordeste, mais conhecido como Xangô do Nordeste. Os Candomblés da Bahia e do Rio de Janeiro passaram a ser chamados de Nação Ketu com raízes iorubás. Porém, existem variações de Nações como Candomblé da Nação Efan e Candomblé da Nação Ijexá. Efan é uma cidade da região de Ijesá próxima a Osobô e ao rio Osun. Ijexá não é uma nação política, é o nome dado aos que nasceram ou viveram na região de Ijesá, que caracteriza esta Nação no Brasil e que tem Osun como a sua rainha. Da mesma forma como existe uma variação no Ketu, há também no Jeje, como por exemplo, Jeje Mahin. Mahin era uma tribo que existia próximo à cidade de Ketu. Os Candomblés da Nação Angola e Congo foram desenvolvidos no Brasil com a chegada desses africanos vindos de Angola e Congo. A partir daí, muitas formas surgiram seguindo tradições de cidades como Casanje, Munjolo, Cabinda, Muxicongo e outras.
A verdade é que o culto nigeriano de orixá, chamado de Candomblé no Brasil, foi organizado por mulheres para mulheres. Antigamente, nos primeiros Ilês de Candomblé, não era permitido aos homens entrar na roda de dança para os orixás. Mesmo os que tornavam-se babalorixás tinham uma conduta diferente quanto à roda de dança. Desta forma, a participação dos homens era puramente circunstancial. Daí ter que se inserir no culto vários cargos para homens, como por exemplo, os cargos de ogans (batedores de atabaques). Hoje a palavra Candomblé no Brasil, define o que chamamos de Culto Afro-Brasileiro.
INTRODUÇÃO
Em 1830, algumas mulheres negras originárias de Ketu, na Nigéria, e pertencentes a irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, reuniram-se para estabelecer uma forma de culto que preservasse as tradições africanas aqui no Brasil. Segundo documentos históricos da época, esta reunião aconteceu na antiga Ladeira do Bercô; hoje, Rua Visconde de Itaparica, próximo a Igreja da Barroquinha na cidade de São Salvador - Estado da Bahia. Desta reunião, que era formada por várias mulheres, uma mulher especial ajudada por Baba-Asiká, um ilustre africano da época, se destacou. O motivo principal desta reunião era estabelecer um culto africanista no Brasil, pois viram essas mulheres, que se alguma coisa não fosse feita aos seus irmãos negros e descendentes, nada teriam para preservar as ancestralidade e as origens do "culto de orisá", já que os negros que aqui chegavam eram batizados na Igreja Católica e obrigados a praticar, assim, a religião católica. Porém, como praticar um culto de origem tribal, em uma terra distante de sua Ìyá Ìlú Àiyé Èmí, ou a mãe pátria terra da vida, como era chamada a África, pelos antigos africanos? Primeiramente, tentaram fazer uma fusão de várias mitologias, dogmas e liturgias africanas. Este culto, no Brasil, teria que ser similar ao culto praticado na África, em que o principal quesito para se ingressar em seus mistérios seria a iniciação. Enquanto na África a iniciação é feita muitas vezes em plena floresta, no Brasil foi estabelecida uma mini - África, ou Ilê de Orisás, a casa de culto teria todos os orixás africanos juntos. Ao contrário da África, onde cada orixá está ligado a uma aldeia, ou cidade por exemplo: Sangô em Oyó, Osun em Ijesá e Ijebu e assim por diante.
A ORIGEM DA PALAVRA CANDOMBLÉ
Este culto da forma como é aqui praticado e chamado de Candomblé, não existe na África. O que existe lá é o culto à orisá, ou seja, cada nação africana cultua um orisá e só inicia elegun ou pessoa ligada aquele orisá. Portanto, a palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos, para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda festa ou reunião de negros nas senzalas no Brasil. Por esse motivo, antigos Babalorixás e Ialorixás evitavam chamar o "culto dos orisás" de Candomblé. Eles não queriam com isso serem confundidos com estas festas. Mas, com o passar do tempo a palavra Candomblé foi sendo incorporada e passou a definir um conjunto de cultos vindo de diversas regiões africanas. A palavra Candomblé possui 2 (dois) significados entre os pesquisadores: Candomblé seria uma modificação fonética de Candonbé, um tipo de atabaque usado pelos negros de Angola; ou ainda, viria de Candonbidé, que quer dizer ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa.
AS NAÇÕES DO CANDOMBLÉ NA FORMAÇÃO DO CULTO AOS ORIXÁS
Como forma complementar de culto, a palavra Candomblé passou a definir o modelo de cada tribo ou região africana, desta forma: Candomblé da Nação Ketu, Candomblé da Nação Jeje, Candomblé da Nação Angola, Candomblé da Nação Congo e Candomblé da Nação Muxicongo.
A palavra Nação entra aí não para definir uma nação política, pois Nação Jeje não existia em termos políticos. O que é chamado de Nação Jeje é o Candomblé formado pelos povos vindos da região do Daomé e formado pelos povos Mahin e os grupos que falavam a língua iorubá, entre eles os de Oyó. Abeokuta, Ijesá e Ebá vieram constituir uma forma de culto denominada de Candomblé da Nação Ketu. Ketu era uma cidade igual as demais, mas no Brasil passou a designar o culto de Candomblé da Nação Ketu ou Alaketu. Os iorubás, quando guerriaram com os povos Jejes e perderam a batalha, se tornaram escravos desses povos, sendo posteriormente vendidos ao Brasil. Quando os iorubás chegaram naquela região sofridos e maltratados, foram chamados pelos fons de anagô, que quer dizer na língua fon, piolhentos, sujos entre outras coisas. A palavra com o tempo se modificou e ficou nagô e passou a ser aceita pelos povos iorubás no Brasil, para assim definir as suas origens e uma forma de culto. Na verdade, não existe nenhuma nação política denominada nagô. No Brasil, a palavra nagô passou a denominar os Candomblés também de Xamba da região nordeste, mais conhecido como Xangô do Nordeste. Os Candomblés da Bahia e do Rio de Janeiro passaram a ser chamados de Nação Ketu com raízes iorubás. Porém, existem variações de Nações como Candomblé da Nação Efan e Candomblé da Nação Ijexá. Efan é uma cidade da região de Ijesá próxima a Osobô e ao rio Osun. Ijexá não é uma nação política, é o nome dado aos que nasceram ou viveram na região de Ijesá, que caracteriza esta Nação no Brasil e que tem Osun como a sua rainha. Da mesma forma como existe uma variação no Ketu, há também no Jeje, como por exemplo, Jeje Mahin. Mahin era uma tribo que existia próximo à cidade de Ketu. Os Candomblés da Nação Angola e Congo foram desenvolvidos no Brasil com a chegada desses africanos vindos de Angola e Congo. A partir daí, muitas formas surgiram seguindo tradições de cidades como Casanje, Munjolo, Cabinda, Muxicongo e outras.
A verdade é que o culto nigeriano de orixá, chamado de Candomblé no Brasil, foi organizado por mulheres para mulheres. Antigamente, nos primeiros Ilês de Candomblé, não era permitido aos homens entrar na roda de dança para os orixás. Mesmo os que tornavam-se babalorixás tinham uma conduta diferente quanto à roda de dança. Desta forma, a participação dos homens era puramente circunstancial. Daí ter que se inserir no culto vários cargos para homens, como por exemplo, os cargos de ogans (batedores de atabaques). Hoje a palavra Candomblé no Brasil, define o que chamamos de Culto Afro-Brasileiro.
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quinta-feira, novembro 26, 2009
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quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Logun-Edé
Ologunòdé
Possui o conhecimento dos elementos da natureza, onde reinam seus pais, como florestas, matas, rios, cachoeiras, etc. Seu próprio domínio está situado nas margens de rios, córregos e cursos d’água em geral, desde que tenham vegetação, ou seja, o encontro dos dois reinados.
Logun-Edé, menino pescador é um orixá soberano e não passa por transformações sexuais. Isso acontece, com freqüência, aqui na Terra, com os seres humanos. Os orixás estão anos-luz adiante dessas questões. Na verdade, esse orixá tem livre acesso aos dois reinados, adquirindo o conhecimento de ambos. Consegue se adaptar, com facilidade, aos mais diversos ambientes, agindo e comportando-se de diferentes formas, dependendo da situação.
Além disso, ele herdou muitas das características de seus pais, como a habilidade de caçar e conseguir fortuna, o encanto e a beleza, bem como um grande conhecimento de feitiçaria, como sua mãe. Além desses atributos, também é responsável pela fertilização das terras, por meio da irrigação, contribuindo, assim, com a agricultura.
Esse orixá possui muita riqueza e sabedoria, não admitindo a imperfeição em suas oferendas e rituais. Tem aparência doce e calma, mas, quando contrariado, torna-se muito enfurecido.
Outra característica de Logun-Edé é a de se importar com o sofrimento dos outros, distribuindo riquezas e caças para os que não tem.
Arquétipo dos Filhos de Logun-Edé
São pessoas de extremo charme e carisma, possuindo muitos amigos e admiradores. Sentem imensa compaixão pelas pessoas que sofrem, sempre tentando ajudá-las. A sinceridade é a sua maior virtude, porém irrita-se com muita facilidade. Basta ser contrariado e sua fúria aparece, muitas vezes perdendo o controle de suas ações, custando muito se acalmar. São perfeccionistas, querendo tudo ao seu modo. Não admitem erros de outras pessoas.
Agem por impulso, aproveitando ao máximo tudo o que a vida lhe oferece. São muito curiosos e espertos. Geralmente, quando crianças, adoram desmontar seus brinquedos para ver como são feitos. Na fase adulta, têm o dom de captar o íntimo das pessoas.
Os filhos de Logun-Edé têm muito interesse em aprender e viver novas experiências. Assim como o orixá, adaptam-se a todo tipo de ambiente e sabem como agir em cada situação. Têm umas características curiosas, que é a de estar sempre machucando as extremidades das mãos, pés e cabeça.
Desembaraçado, move-se com graça, elegância e refinamento. Tem muita sorte na vida; seus amigos em geral são pessoas da alta sociedade, com quem ele convive com muita dignidade.
Ciumento e sedutor chama a atenção de qualquer um. Superimaginativo destaca-se nas artes em geral, como música, teatro e dança. É admirado por sua suavidade, inteligência e sensibilidade.
Está sempre elogiando as pessoas e cercado de bons amigos. É alguém que realmente sabe viver e aproveitar a vida, também disposto a deixar que os outros vivam.
Extremamente exótico, é um verdadeiro camaleão; muda de personalidade como quem muda de roupa. Está sempre de bom astral, otimismo é a sua palavra chave. Possui vontade firme e autoconfiança quase narcisista.
Persegue seus objetivos com precisão, nem sempre de maneira discreta. Não escolhe as amizades, pelo contrário, é sempre assediado por pessoas que querem e gostam de estar com ele.
Embora possa assumir exteriormente um ar de indiferença às opiniões dos outros, na verdade se sente abalado quando criticado. É terno com seus entes, mas poderá ser impiedoso com estranhos. Apreciará o conforto material e colocará seus desejos em primeiro lugar. Ambicioso, sempre alcança seus objetivos.
Tem certa facilidade em aprender qualquer coisa e tendência a falar mais de um idioma. Ser incomodado é algo que o aborrece, pois é uma pessoa atenciosa, modesta, cortês e gosta que os outros sejam assim também. Detesta que conversem em tom alto ou digam grosserias. Sempre se esforçará para ser delicado, mesmo com o seu pior inimigo.
Bom vivant, amigo da noite e da música, sabe se expressar quando dança.
Excêntrico, é apreciado pelas mulheres e atrai os homens, com quem flerta sem nenhum constrangimento.
TIPO FÍSICO
Estatura: mediana/alta
Possui o conhecimento dos elementos da natureza, onde reinam seus pais, como florestas, matas, rios, cachoeiras, etc. Seu próprio domínio está situado nas margens de rios, córregos e cursos d’água em geral, desde que tenham vegetação, ou seja, o encontro dos dois reinados.
Logun-Edé, menino pescador é um orixá soberano e não passa por transformações sexuais. Isso acontece, com freqüência, aqui na Terra, com os seres humanos. Os orixás estão anos-luz adiante dessas questões. Na verdade, esse orixá tem livre acesso aos dois reinados, adquirindo o conhecimento de ambos. Consegue se adaptar, com facilidade, aos mais diversos ambientes, agindo e comportando-se de diferentes formas, dependendo da situação.
Além disso, ele herdou muitas das características de seus pais, como a habilidade de caçar e conseguir fortuna, o encanto e a beleza, bem como um grande conhecimento de feitiçaria, como sua mãe. Além desses atributos, também é responsável pela fertilização das terras, por meio da irrigação, contribuindo, assim, com a agricultura.
Esse orixá possui muita riqueza e sabedoria, não admitindo a imperfeição em suas oferendas e rituais. Tem aparência doce e calma, mas, quando contrariado, torna-se muito enfurecido.
Outra característica de Logun-Edé é a de se importar com o sofrimento dos outros, distribuindo riquezas e caças para os que não tem.
Arquétipo dos Filhos de Logun-Edé
São pessoas de extremo charme e carisma, possuindo muitos amigos e admiradores. Sentem imensa compaixão pelas pessoas que sofrem, sempre tentando ajudá-las. A sinceridade é a sua maior virtude, porém irrita-se com muita facilidade. Basta ser contrariado e sua fúria aparece, muitas vezes perdendo o controle de suas ações, custando muito se acalmar. São perfeccionistas, querendo tudo ao seu modo. Não admitem erros de outras pessoas.
Agem por impulso, aproveitando ao máximo tudo o que a vida lhe oferece. São muito curiosos e espertos. Geralmente, quando crianças, adoram desmontar seus brinquedos para ver como são feitos. Na fase adulta, têm o dom de captar o íntimo das pessoas.
Os filhos de Logun-Edé têm muito interesse em aprender e viver novas experiências. Assim como o orixá, adaptam-se a todo tipo de ambiente e sabem como agir em cada situação. Têm umas características curiosas, que é a de estar sempre machucando as extremidades das mãos, pés e cabeça.
Desembaraçado, move-se com graça, elegância e refinamento. Tem muita sorte na vida; seus amigos em geral são pessoas da alta sociedade, com quem ele convive com muita dignidade.
Ciumento e sedutor chama a atenção de qualquer um. Superimaginativo destaca-se nas artes em geral, como música, teatro e dança. É admirado por sua suavidade, inteligência e sensibilidade.
Está sempre elogiando as pessoas e cercado de bons amigos. É alguém que realmente sabe viver e aproveitar a vida, também disposto a deixar que os outros vivam.
Extremamente exótico, é um verdadeiro camaleão; muda de personalidade como quem muda de roupa. Está sempre de bom astral, otimismo é a sua palavra chave. Possui vontade firme e autoconfiança quase narcisista.
Persegue seus objetivos com precisão, nem sempre de maneira discreta. Não escolhe as amizades, pelo contrário, é sempre assediado por pessoas que querem e gostam de estar com ele.
Embora possa assumir exteriormente um ar de indiferença às opiniões dos outros, na verdade se sente abalado quando criticado. É terno com seus entes, mas poderá ser impiedoso com estranhos. Apreciará o conforto material e colocará seus desejos em primeiro lugar. Ambicioso, sempre alcança seus objetivos.
Tem certa facilidade em aprender qualquer coisa e tendência a falar mais de um idioma. Ser incomodado é algo que o aborrece, pois é uma pessoa atenciosa, modesta, cortês e gosta que os outros sejam assim também. Detesta que conversem em tom alto ou digam grosserias. Sempre se esforçará para ser delicado, mesmo com o seu pior inimigo.
Bom vivant, amigo da noite e da música, sabe se expressar quando dança.
Excêntrico, é apreciado pelas mulheres e atrai os homens, com quem flerta sem nenhum constrangimento.
TIPO FÍSICO
Estatura: mediana/alta
Rosto: oval
Traços: harmoniosos, cabeça bem feita proporcional ao corpo possuem olhos de gato, que atraem e repelem ao mesmo tempo, nariz bem feito, bons dentes, voz agradável, tendência a engordar.
DADOS PESSOAIS SOBRE O ORIXÁ
Traços: harmoniosos, cabeça bem feita proporcional ao corpo possuem olhos de gato, que atraem e repelem ao mesmo tempo, nariz bem feito, bons dentes, voz agradável, tendência a engordar.
DADOS PESSOAIS SOBRE O ORIXÁ
Nome: Logun-Edé
Filiação: Osun e Osossi
Odú: Obará e Osé
Dia da semana: quinta-feira e sábado
Data: 19 de abril
Cor: Amarelo Ouro e Azul Turquesa
Folhas: Oripepê, wobomuú e todas as folhas de Osun e Osossi
Flores: lírios, rosas amarelas, palma, girassol e todas as flores miudinhas
Frutas: melão, maçã, banana, pêra, uva, ameixa.
Símbolo: o ofá (arco e flecha), ogê (um tipo de chifre de boi que é usado para emitir um som chamado Olugboohun - cuja tradução é “O Senhor escuta minha voz”), o Iru Kere (cetro com rabo de cavalo, boi ou búfalo, que ele usa para manejar os espíritos da floresta), e abebé
Domínio: mata e cachoeiras, beira de rio
Axé: o mesmo que Oxossi e Oxum
Oferenda: omolokun (feijão fradinho e ovos cozidos), axoxô (milho cozido com coco)
Sincretismo: São Miguel Arcanjo
Partes do corpo: antebraço, braço, cabelo do corpo e pulmão, todo o rosto, o baixo ventre, o baço, às vezes o coração; patrono do ventre, da terceira visão e da circulação sangüínea (os rios).
Saudação: LOCI LOCI LOGUN
Mineral: coral e ouro
Toque: jexá e barra-vento
Elemento: terra e água
Atividade: Caça e Pesca
Logun-Edé
É o resultado do encanto, ou do encantamento, de Oxossi Ibualama e Oxum Ieopondá. Divindade dos rios, Senhor da Pesca, que vive seis meses com o pai, Oxossi, na caça e seis meses, com a mãe Oxum, na água doce.Erradamente considerado como um Orixá “meta-meta”, ou seja, de dois sexos, Logun-Edé é um Orixá masculino, embora divida o tempo com os pais.
Está presente no brilho do olhar, no perfume das flores, numa paisagem singela. É também o deus da arte, o principio daquilo que é belo e terno. É o príncipe das águas doces, da caça, da alegria e da jovialidade.
- OXUM IPONDÁ (ou Yéyé Ipondá ) é também uma òsun Guerreira, casada com Oxossi Iboalama, mãe de Logun Edé . Yeye Pondá é a verdadeira òsun ijesa que veio de Ijesa ou de Ipondá Vive no mato com o marido, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro. E desconfiada, astuta, observadora, intuitiva.
- OXOSSI INLÊ OU IBUALAMA, casado com Oxum. Incorporado, Inlê dança segurando o amparo, um açoite formado por três tiras largas de couro, com que se autocastiga. Inlê ou Ibualama, e Oxum tiveram um filho, de nome Logunedê.
Filiação: Osun e Osossi
Odú: Obará e Osé
Dia da semana: quinta-feira e sábado
Data: 19 de abril
Cor: Amarelo Ouro e Azul Turquesa
Folhas: Oripepê, wobomuú e todas as folhas de Osun e Osossi
Flores: lírios, rosas amarelas, palma, girassol e todas as flores miudinhas
Frutas: melão, maçã, banana, pêra, uva, ameixa.
Símbolo: o ofá (arco e flecha), ogê (um tipo de chifre de boi que é usado para emitir um som chamado Olugboohun - cuja tradução é “O Senhor escuta minha voz”), o Iru Kere (cetro com rabo de cavalo, boi ou búfalo, que ele usa para manejar os espíritos da floresta), e abebé
Domínio: mata e cachoeiras, beira de rio
Axé: o mesmo que Oxossi e Oxum
Oferenda: omolokun (feijão fradinho e ovos cozidos), axoxô (milho cozido com coco)
Sincretismo: São Miguel Arcanjo
Partes do corpo: antebraço, braço, cabelo do corpo e pulmão, todo o rosto, o baixo ventre, o baço, às vezes o coração; patrono do ventre, da terceira visão e da circulação sangüínea (os rios).
Saudação: LOCI LOCI LOGUN
Mineral: coral e ouro
Toque: jexá e barra-vento
Elemento: terra e água
Atividade: Caça e Pesca
Logun-Edé
É o resultado do encanto, ou do encantamento, de Oxossi Ibualama e Oxum Ieopondá. Divindade dos rios, Senhor da Pesca, que vive seis meses com o pai, Oxossi, na caça e seis meses, com a mãe Oxum, na água doce.Erradamente considerado como um Orixá “meta-meta”, ou seja, de dois sexos, Logun-Edé é um Orixá masculino, embora divida o tempo com os pais.
Está presente no brilho do olhar, no perfume das flores, numa paisagem singela. É também o deus da arte, o principio daquilo que é belo e terno. É o príncipe das águas doces, da caça, da alegria e da jovialidade.
- OXUM IPONDÁ (ou Yéyé Ipondá ) é também uma òsun Guerreira, casada com Oxossi Iboalama, mãe de Logun Edé . Yeye Pondá é a verdadeira òsun ijesa que veio de Ijesa ou de Ipondá Vive no mato com o marido, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro. E desconfiada, astuta, observadora, intuitiva.
- OXOSSI INLÊ OU IBUALAMA, casado com Oxum. Incorporado, Inlê dança segurando o amparo, um açoite formado por três tiras largas de couro, com que se autocastiga. Inlê ou Ibualama, e Oxum tiveram um filho, de nome Logunedê.
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Sou metal, raio, relâmpago e trovão !!!
às
quarta-feira, novembro 25, 2009
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