A origem das baianas remonta ao período da Colônia, quando as negras de ganho percorriam as ruas da cidade com tabuleiros equilibrados sobre a cabeça vendendo comida. No tabuleiro, estavam as iguarias dos orixás, acarajé, vatapá, abará, que as filhas de santo comercializavam como obrigação do Candomblé. Só as iniciadas podiam vender o acarajé. Para isso vestiam bata e saia rendada brancas, colocavam o torso, o pano da costa, as pulseiras, balangandãs e colares na cor do seu orixá.
As africanas vendedoras de comida foram as primeiras baianas que Salvador conheceu ainda na época da colônia. Alforriadas ou escravas de ganho, elas vendiam de porta em porta, beijus, cuzcuz, bolinhos e outras iguarias da culinária afro-baiana. Saiam impecavelmente vestidas com batas, saias brancas, torso e pano da costa, enfeitadas de colares, brincos e pulseiras (os balandangãs) e colocavam os tabuleiros equilibrados na cabeça. Até a comida mais famosa de Salvador, o acarajé, era vendida de porta em porta.
Na sua origem, o acarajé só podia ser vendido exclusivamente pelas filhas de santo de Iansã (Santa Bárbara no sincretismo entre o Catolicismo e o Candomblé), em cumprimento à obrigação do seu Orixá, que determinava inclusive o tempo em que essa obrigação deveria ser mantida. O preparo dos bolinhos – uma massa de feijão fradinho, cebola e sal frita no azeite de dendê - era feito dentro do próprio terreiro de Candomblé, de onde a baiana saía com todos os preceitos que a situação exigia, ostentando um colar de contas vermelhas para simbolizar que era filha de Iansã.
Há mais ou menos 50 anos, vender acarajé tornou-se um meio de vida para a população afro-descendente de Salvador, ligada ou não ao Candomblé. Dessa época para cá, as baianas passaram a trabalhar em pontos fixos, sendo os mais tradicionais os largos de Amaralina, Itapuã e o de Santana, no bairro do Rio Vermelho. Segundo dados da ABA - Associação das Baianas de Acarajé de Salvador existem 4 mil baianas, inclusive homens, vendendo os bolinhos em cima de tabuleiros espalhados por quase todos os bairros da cidade.
No ritual, vale lembrar que existe também o akará, bolinho feito especificamente para Iansã, em tamanho maior, redondo e com grandes camarões em cima. Há ainda o akará oval, comida de Xangô, feito com a mesma massa do akará redondo, mas sem camarões.
Site Oficial de Turismo da Cidade de Salvador
As africanas vendedoras de comida foram as primeiras baianas que Salvador conheceu ainda na época da colônia. Alforriadas ou escravas de ganho, elas vendiam de porta em porta, beijus, cuzcuz, bolinhos e outras iguarias da culinária afro-baiana. Saiam impecavelmente vestidas com batas, saias brancas, torso e pano da costa, enfeitadas de colares, brincos e pulseiras (os balandangãs) e colocavam os tabuleiros equilibrados na cabeça. Até a comida mais famosa de Salvador, o acarajé, era vendida de porta em porta.
Na sua origem, o acarajé só podia ser vendido exclusivamente pelas filhas de santo de Iansã (Santa Bárbara no sincretismo entre o Catolicismo e o Candomblé), em cumprimento à obrigação do seu Orixá, que determinava inclusive o tempo em que essa obrigação deveria ser mantida. O preparo dos bolinhos – uma massa de feijão fradinho, cebola e sal frita no azeite de dendê - era feito dentro do próprio terreiro de Candomblé, de onde a baiana saía com todos os preceitos que a situação exigia, ostentando um colar de contas vermelhas para simbolizar que era filha de Iansã.
Há mais ou menos 50 anos, vender acarajé tornou-se um meio de vida para a população afro-descendente de Salvador, ligada ou não ao Candomblé. Dessa época para cá, as baianas passaram a trabalhar em pontos fixos, sendo os mais tradicionais os largos de Amaralina, Itapuã e o de Santana, no bairro do Rio Vermelho. Segundo dados da ABA - Associação das Baianas de Acarajé de Salvador existem 4 mil baianas, inclusive homens, vendendo os bolinhos em cima de tabuleiros espalhados por quase todos os bairros da cidade.
No ritual, vale lembrar que existe também o akará, bolinho feito especificamente para Iansã, em tamanho maior, redondo e com grandes camarões em cima. Há ainda o akará oval, comida de Xangô, feito com a mesma massa do akará redondo, mas sem camarões.
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